INSÔNIA

INSÔNIA
Corujinha, corujinha...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014


Papai Noel, árvore, ceia e presentes. Chega a época do Natal e começamos a ver tudo isso em todo o lugar (e de vez em quando ouvimos falar de um tal de Cristo). Mas qual é a origem de todos esses símbolos? E da festa - quando e por que surgiu a comemoração do Natal? Segundo Pedro Paulo Funari, professor de história e arqueologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a origem da comemoração e seus símbolos são muito mais pagãos que cristãos.

Por que 25 de dezembro?

Conforme Funari, o Natal é derivado de uma festa muito anterior ao cristianismo e ao calendário do ciclo solar. De acordo com o pesquisador, os pagãos comemoravam na época do solstício de inverno (o dia mais curto do ano e que, no hemisfério norte, ocorre no final de dezembro) porque os dias iriam começar a ficar mais longos. "É uma celebração que tem a ver com o calendário agrícola, originalmente. E, como todo calendário agrícola, ele está preocupado com a fertilidade do solo e a manutenção do ciclo da natureza", diz o professor.

Em Roma, essa data era associada ao deus Sol Invictus, já que após o dia mais curto do ano o sol volta a aparecer mais. Quanto ao cristianismo, a comemoração do nascimento de Jesus Cristo só começou a ocorrer no século IV, quando o imperador Constantino deu fim à perseguição contra essa religião. Os religiosos então usam a comemoração pagã e a revestem com simbolismo cristão. Curiosamente, afirma o pesquisador, no final do mesmo século, como a Igreja ganha poder, ela passa a perseguir os pagãos que comemoravam a festa da forma original.

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Troca de presentes

Segundo Funari, a troca de presentes é um ato comum a todos os povos, independente do capitalismo, por exemplo, ou de religião. Esse ato, desse ponto de vista, é muito mais ligado ao reforço de laços sociais entre as pessoas. No cristianismo, a troca foi associada simbolicamente aos reis magos, que teriam dado presentes ao menino Jesus - em alguns países, como na Espanha, é comum dar presentes apenas no Dia de Reis.

Contudo, durante o século XX, a festa foi perdendo muitas de suas características religiosas (mas não todas) e hoje se apresenta de forma muito mais comercial. "Desvencilhou-se bastante da imagem original (religiosa) para que pessoas, países e povos não cristãos, como os japoneses, também sejam incentivados a ter troca de presentes nesse período", diz Funari, que lembra que muitas pessoas que não são religiosas e até ateus participam de festas de Natal.

"Na propaganda dos presentes em si, não aparece o Cristo, o Jesus. Aparece lá 'compre uma TV moderna', 'compre um aparelho celular'. Na propaganda desses produtos não aparece essa caracterização religiosa. (...) Sabendo-se que as pessoas têm como princípio o estreitamento de vínculos sociais em geral e dentro da família em especial, o capitalismo explorou isso, digamos assim, ao extremo."

Originalmente, afirma o pesquisador, a troca de presentes não estava ligada à tradição do Natal, pelo menos não à festa original. "A troca de presentes na escala moderna é uma invenção do capitalismo."

Ceia
A comida de Natal, por outro lado, era comum nas primeiras festas. Na ceia natalina era comum a carne assada porque esses pratos eram considerados mais sofisticados, mais caros, e serviam melhor para uma situação especial. O porco, assim como o peixe, era uma das carnes mais comuns. O peru foi introduzido apenas no século XVI. A ave é originária das Américas e se popularizou rapidamente na elite da Europa quando foi levada ao continente. Por ser mais caro, o peru virou a carne das grandes ocasiões.

Papai-Noel
Funari afirma que o homem chamado Nicolau que viveu na Antiguidade e que virou santo não tem nada a ver com o Papai Noel, apesar de muitas versões dizerem isso. A figura tem origem em tradições germânicas e nórdicas. O protestantismo, que buscava um simbolismo diferente da comemoração católica - que enfatizava a figura do presépio - utilizou o personagem. Já a imagem que conhecemos do Papai Noel tem uma origem muito mais comercial. A figura de um velhinho com roupa vermelha e branca foi criada e difundida pela publicidade da Coca-Cola no século XIX. "A gente pode dizer que o Papai Noel como a figura que a gente conhece é uma invenção da Coca-Cola e dos meios de comunicação de massa", diz o pesquisador. O papel da mídia, afirma Funari, foi difundir essa imagem. O cinema e outros meios trouxeram a imagem criada pelos publicitários ao Brasil.

 
Enfeitar árvores é um ritual antiquíssimo, presente em praticamente todas as culturas e religiões pagãs, para celebrar a fertilidade da natureza. Os primeiros registros de sua adoção pelo Cristianismo vêm do norte da Europa (terra dos pinheiros, a árvore de Natal clássica), no começo do século XVI - mas tudo indica que, a essa altura, já era uma tradição medieval. No antigo calendário cristão, o dia 24 de dezembro era dedicado a Adão e Eva, cuja história costumava ser reencenada nas igrejas. "O paraíso era representado plasticamente por uma árvore carregada de frutos, colocada no meio da cena teatral", afirma o teólogo Fernando Altermeyer, da PUC-SP.
As pessoas, então, passaram a montar essas alegorias em suas casas, com árvores cada vez mais decoradas: de velas (simbolizando a luz de Cristo), estrelas (alusão à estrela de Belém) e rosas (em homenagem à Virgem Maria) até hóstias (pedindo perdão pelos pecados). Nos séculos XVII e XVIII, o hábito se tornou tão popular entre os povos germânicos que eles mesmos o creditaram a seu maior líder religioso, Martinho Lutero (1483-1546), fundador do protestantismo. A árvore de Natal só se difundiu pelo resto do planeta a partir de 1841, quando o príncipe Albert (1819-1861) - esposo alemão da rainha Vitória - montou uma delas no palácio real britânico. Na época, o império vitoriano dominava mais de meio mundo e o costume logo se tornou universal.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014


Professores !

A educação aprimora a vida do ser humano dando a este a chance de evoluir. E, sem equívoco, a condição mais decisiva para que o ensino cumpra a sua grandiosa responsabilidade é o trabalho de nós professores, cujo dia comemoramos em 15 de outubro. Nesta data de 15 de outubro, reitero e lembro que D. Pedro I, lá pelos idos de 1827, decretou que todas as urbes do Brasil criassem as suas “Escolas de Primeiras Letras”, sendo este ato, uma das origens do Dia do Professor.

Professores e professoras são pessoas muito especiais e deveriam ser reverenciados, valorizados eternizados, pois ensinar é um dos mais expressivos atos humanos, a essência da boa formação e progresso de nossas crianças. Transformar informação em conhecimento é uma ação que muda a vida, da sociedade e da nação.

Somos profissionais que cumprimos nossa função com idealismo, talento e extremo empenho enquanto elementos estruturantes para a revolução que deve ser feita em termos de metodologia, filosofias e práticas educacionais em nossas instituições.

O poder público precisa aquilatar e reconhecer cada vez mais aqueles que se dedicam com desvelo à profissão de ensinar e moldar mentes. Vencer esse desafio deve ser uma prioridade nacional. A educação pública deve também garantir que crianças e jovens de famílias de baixa renda tenham oportunidades iguais às das famílias mais abastadas.

Isso também deve ser intenso e relevante para o caminhar  de um  país, porque precisamos formar gerações cada vez mais qualificadas e capazes de suprir o mercado de trabalho por profissionais de alto nível e também cidadãos conscientes de seu papel. Por isso, nesta época tão importante, de muitas homenagens a nós professores eu cumprimento e agradeço a vocês professores pela grande contribuição que dão aos nossos encontros mensais e, aproveitando o ensejo, me desculpo por qualquer momento mais acalorado que causou ou tenha causado estranheza ou desconforto, afinal somos seres humanos passíveis de erros e conscientes de que temos que ter muita humildade  para reconhecer as situações adversas e contorná-las da melhor maneira.

PARABÉNS  PROFESSORES  

Prof.Antônio Alexandre dos Santos       
      Caraguatatuba, outubro de 2014
Aviso aos navegantes: dia 20 de outubro HTPC Unificado de HISTÓRIA !
Sejam todo bem vindos ao meu BLOG !
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